Luisa Demétrio Raposo

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Última vez online: há 10 anos 8 meses atrás
Membro desde: 18/03/2014 - 10:21

Género

Data de Nascimento

10 de Novembro 1973

Cidade

País

Biografia

Luisa Demétrio Raposo nasceu a 10 de Novembro de 1973 em Oeiras. Vive na cidade de Portalegre há 20 anos.
É autora das seguintes obras; "RESPIRAÇÃO DAS COISAS" (2010), “NU ÂMBAR DA MINHA ESCRITA” (2011). "NYMPHEA" (2012). "O JARDIM SEPARADO" (2013)
Fez parte do grupo de poetas convidados no encontro internacional de poesia e arte, Portuguesia.
Faz parte do projecto Ibero-Luso-Americano, Raias Poéticas, sendo a coordenadora do site oficial.
Em 2013 foi homenageada no VI Encontro de Moçambicanos na Diáspora, na Fundação José Saramago, em reconhecimento pelo seu contributo na Poesia e na divulgação das Culturas Lusófonas.
É colaborada em diversas Antologias e Revistas Literárias em Portugal, Brasil, Angola e Moçambique.

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Conteúdo

 

ais sais riscos

A mão planta à entrada da boca o deleite, o abismo, a insónia dos lábios que provocam rosáceas nos dedos.

Género: 
 

águas

Entorno-me na página separando-me do rosto que me perpetua neste lugar indefinido. A ausência em arco em carne viva, súbita, que rasga escuridão e todas as minhas destrutíveis escamas.

Género: 
 

vigília

A pele onde os órgãos crescem e as rotações diluem as silhuetas, secretamente.

Género: 
 

vulto

Num lancinante fundo onde o caos escriba o sexo em prosas que despes ao longo de um precipício, a minha abertura interior, trémulo, concentras-te nas labaredas que ardem e nos afundam num tempo que

Género: 
 

fumo

A embriaguez da escrita. O estar onde o corpo é o encarceramento. O lugar onde não estou. A boca dos outros que sinto a galáxias de distância e que falam outra língua diferente da minha.

Género: 
 

ruínas

Na riscada da água eu sou a mulher e o meu sexo é um lobo que persegue-me no lado de dentro, na floresta escura e estrangula-me a carne, o declive, o sítio onde o amargo se despenha e inclina, o me

Género: 
 

sílabas

Todos os lugares existem dentro de nós
O tinteiro rompe a página em branca costurando as palavras a um mundo perturbador onde só permaneço destinada à ausência de outros leitos.

Género: 
 

texticulo

A escrita e a leitura são duas vulvas, húmidas, que me engolem na interinidade.

Género: 
 

contornos

O meu coração é um cadáver, a duna, o buraco, o vestíbulo dos meus poemas.

Género: 
 

horda ao corpo

O foge ensina às letras o soterrar imperceptível. Acaroa-se.

Género: 
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