Vicente sentou-se na cama, atordoado com o toque inesperado do telemóvel. Eram 3 da manhã. No ecrã aparecia o nome de Tiago. Atendeu, desorientado e sentindo a boca seca.
Certa vez Deus observava crianças a brincar num jardim, algures. Teve, então, uma ideia inusitada: dar um sopro de vida a uma bola de sabão, como uma daquelas que animavam aquela tarde de sol.
Valquiria era uma rapariga aparentemente vulgar, de estatura média, de beleza normal, com uma vida normal, apartamento e um gato (Mr Smudge de seu nome), e um trabalho que pagava as contas.
Passamos metade da vida a convencer-nos que somos felizes. Procuramos desesperadamente a beleza, a cor de tudo, algures uma ponte entre o que sonhámos e o que acabámos por ser.
Passou por aqui um momento de bruma e fim de tarde no lugar encantado do meu coração onde os bichos buscam água num rio feito de letras, e onde os pastos são feitos de papel devorados por uma fome
Encosta a cabeça meu menino, mas não durmas. Corre atrás da tua infância, porque ela é rebelde e escorre entre os dedos. Faz-lhe uma careta, brinca com ela, corre atrás e sem medo da queda.
Muito além dos limites em que, em mim, a ti te revês segredam entre si palavras que não se revelam, e mãos com medo de se tocarem para lá da pele e de todas as suas promessas; Escondem-se no orgulh
A tua alma insinuou-se com pézinhos de lã e um cobertor a dois num sofá de Inverno. E, de repente, sem mais nem menos, tornas-te o meu chão, o meu colchão, a minha cama, o meu pijama.
Tens uma cara de menino e estilo no andar elegância inesperada que enfeitiça o meu olhar. Passas devagar com ar meio pedante de quem tem um chicote na mão? Tens um desprezo interessante!
Em que pensas tu nos momentos de silêncio em que te ouço uma tristeza? Será que lembras tudo o que não tiveste e não pudeste ser? Será que receias os dias que já não vais ter?