Tenho no meu corpo um campo de feno que tu percorres e onde brincas, de onde roubas uma flor e em que te deitas ao sol-pôr. Tenho no meu corpo vento, chuva e tempestade, onde te abrigas e aqueces, te enxugas e adormeces. Tenho no meu corpo uma praia deserta onde vens lamber o meu sal, onde mergulhas, navegas e naufragas, onde à costa vens dar. Voa em mim uma gaivota, que leva nas asas o nosso cansaço e as vozes caladas. E vai sem destino, carregando para longe o peso do dia, enquanto cai a noite no meu corpo. E então, entre o pulsar da terra e os grãos de areia que cantam entre os dedos, nasce em mim uma via láctea só para ti; desfaço-me em estrelas na gravidade do teu olhar. Nasceram nas minhas mãos todas as estações do ano: Agora podes em mim semear, para em mim vires colher. (Imagem in http://reacaodireta.blogspot.pt/2012/11/poesia-as-estacoes-em-mim.html )
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