Sento-me no canto dos meus sonhos e divago, e choro, e rio, e escrevo, e amo e releio, e sou mulher e criança outra vez. A vida é tão vasta entre quatro paredes e o meu mundo não tem fronteiras, barreiras, mas tem medos, desejos, anseios e devaneios. O meu mundo está limitado por fora e é tão livre por dentro! Perco-me assim, dentro de mim, e tudo acontece e tudo é possivel, porque apenas eu possso ser a minha carcereira e apenas eu tenho o poder de me conter de me reter, fazer de mim prisioneira... E percorro cá dentro vales dos ímpossiveis e a vida é uma aventura feita de caminhos desconhecidos e nunca percorridos. E fervilha uma lava de sentimentos no âmago do meu ser enquanto exploro o que fui e o que sou, e ainda hei-de ser. Canso-me por vezes e perco-me nos trilhos que percorrem a minha mente e que voam na ponta dos meus dedos como pássaros ansiosos em busca do seu ninho. Mas regresso sempre, no fim de cada viagem, ao centro de mim mesma. E percebo que a felicidade reside em sonhá-la porque nunca se pode, de facto, vivê-la por inteiro enquanto formos matéria feita de egoísmo, desejo e ego.
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