morte

 

Sem átomo de dúvida

O sol e a lua brincam

às escondidas.

E nós com a morte também.

 

O céu e o mar

não conseguem viver chateados,

um é tudo que o outro tem.

 

Género: 
 

Pedras Tumulares

Estou morto num mundo de vivos, caminho entre eles, despercebido.

Género: 
 

Tudo complica

Às vezes, tudo complica,
A vida perde o seu sabor
E de repente tudo fica
Estranho como a morte.

 

Género: 
 

Sem vida

Já não sei quem eu sou,
Muito menos o que é a vida.
Não entendo a minha existência,
Desconheço a tranquilidade,
Nunca vi a esperança
E nunca toquei a paciência.

Género: 
 

Sangue fresco

Sangue fresco,

Corpo quente,

Uma vida viva.

 

Mente aberta,

Coração agitado

Num organismo trancado

Pela alma encoberta.

 

Género: 
 

Auto-Retrato

Sou o Júlio Teixeira,

A minha vida é brincadeira

Às vezes é uma guerra

Numa zona sem terra.

 

Sou africano, nasci em Angola,

Benguelense de raiz.

Género: 
 

Daqui até à Lua

Madalena era uma menina muito peculiar. Tinha um coração ainda mais bonito que ela e isso fazia dela muito especial.

Género: 
 

A morte

Tão melancólica ela é
Solitária ela sente
Envelhece com o tempo
Como nas suas gentes

Género: 
 

Sou uma pessoa e não posso sentir?

A alma parte, o coração deixa de bater e o corpo esfria, e o teu coração fica vazio.
E tu, és obrigada a partir também, seguir em frente ‘dizem’. Mas seguir para onde?

Género: 
 

O infante de ninguém

Senhora, em vão espero caravela ingrata,

porque tarda a chegar?

Fiquei penhor de um reino ferido,

sofro as penas da solidão.

Tomai presto, em vossos braços,

Género: 
 

Guerra

Se é costume dizer-se que o carteiro bate sempre duas vezes, essa não passa de mais uma mentira neste mundo delas feitas.

Género: 
 

Primavera Para Sempre

Quando for, levar-te-ei selado nos lábios,
Com os milhões de beijos doces
Que ficaram por dar.

Género: 
 

Silêncio

Depois da morte do meu pai, pouco recordo da minha mãe além do silêncio: o silêncio irrequieto do deambular pela casa vazia; o silêncio parado dos olhos envidraçados, como que irreversivelmente vir

Género: 
 

Será que tens

Será que tens,
A força que é precisa.
Sabes para o que vens,
És força que enraíza.

Género: 
Neste Chão
 

Neste Chão

Ergo-me para o céu, para o alto mefístico; o corpo gelado ancora-me à terra.

Poderia ir mais além, neste ataúde infindo, mas quedo-me onde estou.

Género: 
 

Ao Tempo o que é do Tempo

O tempo rasteja, caminha, dança e voa, não necessariamente por esta ordem, num frenesim desenfreado e enigmático.

Género: 
 

O que sobra de mim, ó morte?

O que sobra de mim, ó morte? 
O teu silêncio é a minha resposta. 
Embora eu não goste, aceito; 
Mas embora eu não ame, desejo. 

Género: 
Esquecimento
 

Esquecimento

Não tenho ouro para ti, barqueiro, nem qualquer penhor com que saldar a jornada na tua barca fétida.

Se te espero, é porque em dormência te adivinho.

Género: 
 

Tempo

Género: 
Declínio
 

Declínio

Íngreme a descida, pesado o véu.
Crepúsculos já gastos na catábase dos dias encerram promessas de céu.
Alteiam-se ruínas na corrosão do tempo, bebem da ferrugem que o apodrece.

Género: 
 

Meu Anjo

Num céu sem fim, escuro como o negro e cercado pela escuridão, estava ela, coberta pelo manto da dor, perdida e abandonada pelos seus sonhos e esperanças.

Género: 
Morte
 

Estio

Escuto ao longe um sonho,

pensamento gritado no sopro cálido do Estio.

Género: 
Expressionismo
 

Ultravioleta

Sento-me a teu lado nas tábuas ressequidas.

A indiferença das horas tudo impregna com o seu pó.

Luz deambula

Incerta

Paisagem

Recua colada às paredes.

Género: 
Expressionismo
 

Sem Nome

Longa a espera, longa a náusea,

p'lo trilho vadio que me afasta

Devagar.

Já não desejo ir

a este universo em mim

Esvazia-me.

Género: 
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