O infante de ninguém

 

O infante de ninguém

Português

Senhora, em vão espero caravela ingrata,

porque tarda a chegar?

Fiquei penhor de um reino ferido,

sofro as penas da solidão.

Tomai presto, em vossos braços,

a sombra que de mim resta.

Levai-me, Senhora, não tardeis.

libertai-me deste silêncio vil.

Do nada sou infante,

sem espada que peleje,

que não meus dedos na escuridão.

Tendes fé no que vos digo?

Quão falsa é a honra do martírio.

Abandonai-me, Senhora… como os demais.

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