Estou morto num mundo de vivos, caminho entre eles, despercebido.
Sou uma névoa, fria e misteriosa. E todas as manhãs reino neste local há muito abandonado, todas as esperanças perdidas…
Sou uma recordação de um tempo ido, melodias ditam uma história trágica, o que aconteceu nestas pedras jamais será recordado. O sangue escorreu no frio tumular deste templo, uma última homenagem a um escritor, trágica a sua história.
Encerrado entre paredes de pedra, sentado numa cadeira feita de ossos. Uma vela negra ilumina uma mesa de madeira antiga, projecta a sua mórbida sombra.
Palavras foram escritas, neste negro templo de pedras negras. Um corpo espreita na escuridão onde uma vela se extinguiu.
Trágica a história duma sentença escrita a sangue, uma vida dada ao deus da Morte.
Aqui encerrado entre pedras tumulares, uma história encontra-se por revelar, uma verdade fria e aterradora assim como o trágico sacrifício de um escritor sem nome.
Uma voz silenciada.
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