Português
Dissipo-me neste cansaço
que sou eu, volátil mulher
à espera de ti.
Estou cansada, amor !
Escasseiam-me forças, partem-se vontades,
já nem sei por onde ando.
Alcança-me, amor !
Esvaio-me na perda de mim, engolem-me tristezas vãs,
sou alimento da dor.
Resgata-me, amor !
A noite cai e com ela vai-se a luz.
Mergulho na sombra da noite,
véu que não me apetece e não sei despir.
Alenta-me, amor !
Há a mulher que fui,
que ainda sou, mas só lhe ouço o eco.
Ouves-me, amor?
Já não me sei, a fatiga fustiga-me,
sou mera folha ao sabor da tempestade,
talvez sonho de alguém.
Estou cansada, amor, não vês?
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