Há um caminho adiante,
um trilho novo
que quero percorrer,
por onde te chamo, Liberdade.
O eco devolve-me a impaciência,
grades de que me nutro,
Mulher insatisfeita, sensível, amante das palavras e em constante formação: como pérola inacabada, florescendo na dor tal como a inflamação causada na ostra.
Blogger como hobby em http://eeratudomuitobom.blogspot.pt/
Biografia
Margarida Maria Dionísio Farinha, nascida na casa por detrás da fonte, bem de frente para o Pelourinho da simpática vila do Sardoal, distrito de Santarém.
Como primogénita assumiu os nomes próprios das avós paterna e materna, respetivamente.
De infância feliz, despreocupada, o crescimento decorreu entre os afazeres próprios da idade e da época: escola, brincadeiras de rua, campo, amigos e família.
Com o término do 12º ano, em Abrantes, os estudos prosseguiram na capital onde uns tios carinhosos a acolheram como se filha fosse.
Filha agradecida continuava a ser ao pai que a amou incondicionalmente, mostrando-lhe o caminho do amor verdadeiro e desinteressado.
Sentimento este que perdura, para além do seu desaparecimento físico, nas saudades que doem.
A licenciatura em Gestão, e o ingresso na área da Contabilidade, foi-lhe percurso inevitável.
A Terra Natal fora trocada pela grande cidade (onde a primeira dor de cabeça lhe surgiu) por motivos pessoais e profissionais.
Contudo, o Berço, que a viu transformar-se em mulher, tinha entranhado-se-lhe na pele. Fez parte do núcleo fundador do grupo de teatro que deu origem ao GETAS, participou em todas as festas e atividades que a Terra oferecia naqueles tempos, inclusive o coro da Igreja.
Entremeando as visitas, mais ou menos regulares à Terra Natal, trilhou veredas mais a Sul.
Encontrando-se a viver, atualmente, em Setúbal, obra do destino ou do acaso, quiçá?
No entanto, é na sua companhia mais fiel que encontra refúgio, conhecimento, vontades, sonhos e fantasias: A Leitura!
Desde pequena que os livros a acompanham.
De escassos recursos, a compra dos mesmos era acontecimento festivo e raro, mas a vontade de ler não o era.
Então, a pequena Margarida socorria-se de tudo a que podia deitar mão: fotonovelas, crónicas femininas, livros de adultos lidos às escondidas e a importantíssima ‘Biblioteca Itinerante Calouste Gulbenkian’ que visitava a vila cerca de uma vez por mês. Os livros disponibilizados (no máximo 3 ou 4)eram-lhe insuficientes e proporcionavam-lhe leituras várias, sendo das primeiras na fila, na ânsia da troca.
No Secundário descobre os Clássicos portugueses e já na idade adulta perde-se em histórias que lhe prendem os olhos às letras.
Com a vida profissional virada para as contas e os números, as palavras eram-lhe saboreadas em relatórios a que tentava dar um toque pessoal, um pouco literário, sem perda do formalismo.
Após vários escritos perdidos, deitados fora ou simplesmente ignorados, eis que as novas tecnologias vêm permitir-lhe uma escrita arquivada virtualmente e partilhada publicamente.
O blog ‘E Era Tudo Muito Bom…’, iniciativa da filha e em momento menos bom, traduzido no desemprego, veio abrir-lhe horizontes inimagináveis.
A escrita tornou-se assídua.
Concorreu à participação em quatro Coletâneas de Contos e já quatro pequenas histórias, da sua autoria, foram editados pela Pastelaria Editores.
A quinta participação já se encontra na forja e espera ser, novamente, selecionada.
Um concurso de poesia, Na Corpus Editores, permite-lhe a edição de livro só seu. Assim, surgiu ‘Pérolas ao Vento’, com o pseudónimo Mar.Maria (Mar. –como diminutivo de Margarida, tendo o ponto substituído a parte suprimida.
A Pérola é o nome utilizado no blog e a origem grega do nome de batismo.
A história da pequena já mulher crescida que é a Margarida não está finalizada bem como a sua vontade de continuar a escrever.
As letras, as sílabas, as palavras, e os sinais de pontuação encontram combinações infindáveis como espelhos que refletem o seu ‘Eu’, inacabado, inquieto, desassossegado e sempre com a dúvida como sombra.