Já sonho de outro mundo
Já não espero do mesmo tempo
Na verdade, escrevo nas paredes
Canções antigas não de amor
Tão banais, tão incertas,
Tão impossíveis.
I’ve been swimming with her demons
Every night we won’t fall asleep
She seems to think I can hear her pleading
Though I’m not quite sure she’s saying please.
Perdoa-me,
Mas caí mais uma vez no que não devia.
Fui novamente uma marca de azul
Cresci novamente em torno de não ser
E dei-me novamente à solidão.
Nunca fales sobre o amor
Para quê?
Eles Vão sempre achar um exagero;
Que não o conheces;
Que será a tua morte quando conheceres tudo.
Tu
És demasiado próximo de ti mesmo
E isso
Não é nada
De que valha a pena contar
Nada
Que valha a pena chamar de tudo
Nem numa fuga louca
Fala-me pelo eterno adentro.
Já esgotámos as palavras perigosas
De sempre
De nunca
De amo-te
De preciso-te
De mais.
O amor é ridículo.
Não há nada nele que seja contável
ou cantável
ou artístico
ou modelável.
Em mim tenho nuvens que engolem trovões
Nunca há calmaria em eterna tempestade
Não existo em Dezembro se o mundo se fecha
Mas sou vazia no verão quando o quente me deixa.
Quem és tu
Que te refletes no espelho cego
Que brilhas quando a Lua é o fim de ti
Que te olhas das gotas que chovem atrás?
Nunca fui tua.
Nas marés em que fui e em que me vim nunca te pertenci
(também nunca me quiseste
ou se me quiseste erraste
assim como eu errei pela espuma)
Não há melhor terror do que o de ser tua
Maior abismo do que o que escavas quando não estás
Nem mais clara luz do que a que os teus olhos emanam.
Não há eterno mais curto
Podemos fugir amanhã?
O mundo está sempre escuro,
Ninguém nos irá ver.
Seremos silêncio nos espaços vazios entre os nossos corpos
É madrugada
E o sussurro de uma só palavra ecoa no etéreo dos meus sonhos.
O sol nasce
O teu nome é cicatriz nas frinchas dos meus olhos fechados.
Saíste
E assim, na tua falta de pressa,
Deixaste-me a falta da tua face impressa
Nos meus olhos, nas minhas mãos, no que é centro.
Foste