~~ESSE TEU CORPO…
Olhei esse teu corpo desnudado, Não sei porque se sentiu o meu, assim, E esse lindo corpo, assim, mostrado, De coisas me falou, que estou afim.
Se eu soubesse onde te encontrar,
iria te buscar,
Ando no vento A balançar os meus cabelos Sinto a água da chuva A bater no meu rosto O chão deslizar sob meus pés Percebo o cheiro das arvores
Trem de ferro
Tem muitas historias pra contar
Eu e ela você levava para passear
Com você visitamos muitos lugares
Contemplamos verdes matas
Se eu soubesse
Que você ia voltar
Eu teria comprado flores
E preparado um jantar
Colocado vela sobre a mesa
Pra poder te esperar
Nas asas do vento entoavam as palavras
E é amar-te assim perdidamente...
A beleza africana da minha infância
E o teu breve olhar cintilando vida,
Camisa Vermelha
Eu nem a uso mais
Porque ela me trás
Lembranças da mulher amada
Camisa vermelha eu usava
No dia que te encontrei
O seu lindo corpo
Quando cheguei à sua casa
Encontrei a porta entre aberta
Fui entrando devagar
Havia um silencio no ar
A luz estava acesa
Suas roupas sobre a mesa
Quando entrei para a universidade
O meu sonho na verdade
Era sair dali com o diploma de Dr.
Um dia conheci uma moça linda
Que foi mudando minha vida
Lá vem ela a dançar
De sapatinho alto
E não para de me olhar
Eu entro no salão
E começo a dançar
Bem ao lado dela
Mangueira velha
Eu e ela sempre estivemos aqui
Os seus frutos com ela eu colhi
Provando o sabor do seu néctar
Debaixo de sua sombra
Manuel Mar – Sonetos
DECLARAÇÃO À AMADA
Quero ser o terno encanto dos teus sonhos,
~~BEIJA-ME
Dá-me um beijo, como se amanhã Os nossos lábios não se encontrassem, E esses belos lábios de romã, Como funérea campa se fechassem.
[...]
Promete-me...
que me esperas nem que seja no cair da noite, numa rua deserta.
Sabes? Sempre procurei uma definição de felicidade. Plena? Duvido. Mas num instante plena, é a maior verdade. Encontrei-a! Encontrei-te!
E de uma forma simples
Comecei a escrever
Bastou apenas um sentimento
Para tudo aparecer
No inicio
Eram apenas palavras
Sou poesia meio à solta,
Procurando a rima certa.
Pólvora inerte como areia,
Esperando a chama que revolta.
Entre a alma e a sombra,
As coisas que valem a pena têm príncipios e fins violentos.
Como fogo e pólvora,
Soma... e some.
Esta pele que me veste, que tanto prazer lhe deste e fizeste dela a tua prioridade, em momentos de saciedade, já não me serve.
Num passado distante
Relembro com emoção
Uma folha de cor verde
Que pousou na minha mão
E é ao sabor do vento
Que essa folha de cor verde
Da janela da mansão do meu pobre coração
Vejo muralhas humanas:
Brancas, mulatas e africanas.
Contemplo o que vivo, vivo o que nunca vivi
A vida é uma ciência constante
Onde o homem se descobre
Tem um mistério interessante
No próprio homem se esconde.
É doce e amarga,
Quente e fria.
Hoje vamos fazer a diferença… São marcas de Amor… Arrepio na tua pele… Só com a minha presença… E as lâmpadas do nosso quarto…
Tenho medo que o teu beijo... Um dia vire cicatriz... Que a verdade que oiço... Seja a mentira que a tua boca diz... Que a forma como te olho...
Dói
como um espinho
cravado na carne
que só queremos tirar
para deixar de sentir
a dor
mas depois fica
um buraco
um vazio
Faço rabiscos por todo o lado
brotam livres em qualquer momento
não me dão descanso
nem encontro paz
quanto mais as escrevo
mais elas me dominam
Entras na minha noite
passeias pelos meus sonhos
e a tua magia
inventa histórias
cria ilusões
faz promessas
como uma outra vida
Não me provocas
linhas loucas
de palavras
que me perseguem
nem sonhos
nocturnos
de fantasias
bem reais
Tudo acontece
quando a tua voz
desperta os meus sentidos
A tua aproximação
e o teu sorriso
me provocam desejos
O teu cheiro único