Pensamento

 

Para onde vou

Estilhaços cortam a carne
Crua de tanto passar
Tempo na cave
Onde os sonhos voam

Género: 
 

Hoje o dia vai ser meu amigo

Para quê levar tudo tão a peito
Se os feitos da vida
São alcançados sem medo
De que o mundo olhe para nós
E se ria, e nos diga
O que fazer, como fazer

Género: 
 

Hoje o dia vai ser meu amigo

Hoje é p’ra sorrir
Porque o dia já começou
Subir p’ra cima da mesa
E exclamar: “Eu sou rei!”
Da minha vida, porque sei
Que quanto mais

Género: 
 

Quarto em chamas

Não há fumo sem fogo
Sono sem sonho
Alcançar sem lutar
Acreditar mais um pouco
Nada é por acaso
No meio deste nevoeiro
Mesmo que não vejas

Género: 
 

Quarto em chamas

Inspiro o silêncio deste quarto
Expiro o eco dos olhares de mil palavras
Encontro os sentidos algures
Entre o trânsito de pensamentos
E o latejar do meu peito

Género: 
 

Tempo de voltar pelo amanhã

Quero recordar a criança
Que corria as horas
Batia as asas como um beija-flor
Como se não houvesse amanhã
Como quem voa por amor
Olhos despertos pela manhã

Género: 
 

De olhos abertos

Um dia é tão curto

Género: 
 

Páginas por escrever

Enquanto estiver vivo
Mergulharei nos 7 mares
As ondas estarão contra mim
Algumas mais que outras
C’est la vie enfim
O certo é que estarei vivo

Género: 
 

Instância de poeta

Morrer lentamente
Mais dor impregnada
O é que a morte de repente
Que nem chega a ser interceptada.

Género: 
 

Cave no coração

Na cave do coração magoado
Uma perturbadora e entreaberta porta deixa a dor surgir
Por entre a madrugada distante.

Género: 
 

embalo do senhor

e agora
que o tempo chora
embalo a canção
da minha hora...

e agora
que o tempo chora
caído não me levanto
como outrora...

Género: 
 

Onírico papel

Dos sonhos que construo à escuridão
de onde me sustenho p'ra toda a vida
vou subindo cada degrau vão
até que a chuva lá fora se torna pressentida

Género: 
 

Perda de tom

Lenta e drástica vem
Num soar disperso
E se me pesa, pesa-me tão bem
Como que a todo o universo

Género: 
 

O grande mistério

O mundo foi criado para nós?! 

ou...

nós fomos criados para o mundo?!

Género: 
 

Ser imenso

Na imensidão desse mundo, eu, um ser tão insignificante e pequeno, que habita uma minúscula parte desse infinito e que não pode tudo conhecer mas, que pode imginar. 

Género: 
 

O Esquecido

Confundem-me na rua
Com um estranho qualquer
Eu posso ser invisível,
Posso ser o que eu quiser.
Pois ninguém me critica,
Porque ninguém me conhece

Género: 
 

Horizonte

Sou tudo, de tudo um pouco,
Sou o Sol que brilha no mar,
Sou o ir e o não voltar.
Sou a nostalgia do sentimento,
O amar sem coração.

Género: 
 

Imperfeição

Sou chuvisco, num dia de sol,
Lágrima que cai num sorriso.
Sou a alegria de uma tristeza
Sou força… Certeza.
Sou assim…
Não esperem muito de mim!

Género: 
 

Será que tens

Será que tens,
A força que é precisa.
Sabes para o que vens,
És força que enraíza.

Género: 
 

Sou Filho de um Deus Menor!

Sou filho de todas as raças,
Sou filho de um Deus menor,
São gente, são massas
Que as sei de cor.

Género: 
 

Questões do Princípio

Impõem-se o Porquê e as questões da origem,
O tormento perene da Humanidade,
Desprovida de argumento
Solitária no pensamento
Buscando toda a verdade.

Género: 
 

Artistas

Adormece na arte . 
Não faz ferida , não doi ,
curandeira dizem eles ,
Esses portadores ,
Fabricam o que sentem e, ainda assim , fazem sentir

Género: 
 

Desejo

Todos os dias, em contra-relógio,
me sentava ali, naquela mesa de café.
Atenciosamente, e, sempre da mesma forma me perguntava o que desejava, aquele sorriso pago em horas extra.

Género: 
 

Nascer outra vez

Esta noite não sou eu, hoje não, não nesta noite, não na próxima talvez (…)
Despeço-me aqui desta velha farda pesada que ousei usar vezes e tantas.

Género: 
 

O Preço

O Preço

Pagas o preço ou ficas a ver?

Muitos são os que tentam enganar a sorte

Mais ainda os que tentam comprar a morte

Género: 
 

Porque

Porque

Porque de nada nos vale a gravidade

Pairo, suspensa neste limbo

adormecida, arrefecida,

Género: 
 

Linha Amarela

Linha Amarela

Estátuas paradas no limite da linha amarela

Olhos confusos, inquietos que procuram desesperadamente respirar

Género: 
 

Estilhaço

Caminhas nos trilhos da tua existência

Nas ruas e vielas vestidas de escuro

Perdes-te dos teus sonhos, do teu nome e vagueias pelo mundo

Género: 
 

diagonais

Já sei que acordo sempre tarde demais,
os padrões que me regem não são os normais.

tenho um lado meu, que demora a arranjar
mas outro já está pronto, antes de levantar.

Género: 
 

SAUDADE

SAUDADE

Estou longe,parti sofri

Sozinho,abraço o vazio

Espero por ti

Sinto frio

Género: 
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