Português
Na cave do coração magoado
Uma perturbadora e entreaberta porta deixa a dor surgir
Por entre a madrugada distante.
Eu, envolto nos mais desesperados embalos para a morte,
Deixo fluir a escuridão que há em mim
- vejo-a expandir por todo o universo
Em eterno vácuo...
E que só tu, noite de recantos infinitos,
Me compreendas e me leves no coração...
Porque o resto eu calo e guardo
E mantenho gélido...
Gélido então, pois a vida me deu sombra e solidão
Quando havia sol e alegria;
Abriu-me, sem que notasse, uma ferida nessa cave
Que eu chamei de coração...
Álvaro Machado
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