Porque

 

Porque

Português

Porque

Porque de nada nos vale a gravidade

Pairo, suspensa neste limbo

adormecida, arrefecida,

As minhas derrotas são sempre demasiado pesadas

E as minhas vitórias demasiado leves

Fecha a porta

Dá-me chão, concreto, frio

Desperto,

E é tanto o deserto que cabe dentro de mim

Que calculo também caberá a vida

Por fim

 

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