Geral

 

O Senhor Silva Na Insónia Da Noite

Hoje o Senhor Silva fuma as nuvens
Com o cachimbo pensativo
De poemas anteriores
Pois tal como já referido
A noite para o Senhor Silva
É uma enorme insónia.

Género: 
 

O Senhor Silva

De manhã o Senhor Silva pendura as meias
De manhã o Senhor Silva lava os dentes
De manhã o Senhor Silva fecha a porta
De manhã o Senhor Silva não sai.

Género: 
 

Há quem nada possa

Um medo - natural como a sede -
Cresce. Seca a garganta
Da mesma maneira que querer água.

Género: 
 

Rótulo

Estou aqui impresso
(Preferia estar pintado)
Depositado feito verso
Lido como mais um traço

Género: 
 

Casulo

 
 
Já não sei o que digo,
O que faço,
Género: 
 

Postura combativa

De tudo ficou um pouco.
As rosas brancas enforcadas pelo azul que traduz a vossa ausência
O sol que bate mas não entra
A falsa grinalda de falsas vivências

Género: 
 

Solidão a dois

 
 
Sentir solidão
não é estar sozinho,
Género: 
 

Virtude gratificada

Por vontades assumidas,
Ou escolhidas,
Se criou o seio do Bem,
Onde o amor é mais valioso que sangue
E não há permanência naquele que se zangue.

Género: 
 

Anventura quotidiana

A um passo de distância do imprevisto
Dos dotes e surpresas que a vida traz.
Porque basta apenas um passo,
Para sair do conforto que visto,
E explorar o mundo,

Género: 
 

Re(Encontros)

Força que nos empurra sob acção do invisível,
Proporcionando eventos quotidianos.
Ninguém adivinha o que recebe,
Quanto mais o tanto que damos!

Género: 
 

Viagem aos recantos

Deixo-me levar nas correntes do sonho
Conduzindo-me ao inimaginável.
Aos quês e porquês da minh’alma.
Desprendendo-me do que me acorrenta,
Do consciente que não mente.

Género: 
 

Caminhos

Ò vida,
Minha viagem encoberta,
De sete tesouros escondidos
Permite-me a sua descoberta
Entre os mortos e os vivos.
Que as luzes iluminem o caminho

Género: 
 

Refúgio

Outro começo e a mesma continuidade.
Outra vida e a mesma saudade.
A mesma esperança,
A mesma memória que dança,
Para animar a outra existência que permanece,

Género: 
 

Cenário de Cinema

Uma cabana pequenina

Género: 
 

ENFINS!

Enfins

 

 

...encontramos

a alma das palavras

neste espaço de nós

por entre o fumo

dos nosoos cigarros...

enfim infinito, perdido

Género: 
 

Nos degraus da tua ausência

Nos degraus
da tua ausência
existem passos
que povoam
a memória
de ti, de mim. 
Aqui.

.................................................

Género: 
 

CASA TERRA DE SIENA

 

Género: 
 

CASA AZUL

 

 

Quem na rua, parou e viu,
de costas, uma casa azul (celeste), quem a viu
ao sonhar ...
sem portas e janelas,
muito linda de se olhar.

Género: 
 

Turva Solidão

O céu rebenta azul no cimento

Gravidade contorcendo realidade

Sonhos de uma noite algoz

Cruel suave tinto vinho

Drogas de estranha piedade

Género: 
 

Um Outro Lado na Simplicidade

Um dia brilhante, mas a noite cai cedo.

Na cama deitado, fumo e percebo:

Os animais voltaram.

Lá fora rugem, gritam e sopram.

Género: 
 

Náufragos da Solidão

 
 
Somos náufragos perdidos na ilha da Solidão.
Género: 
 

Festa de Casamento

 
 
 
Enfim, o grande dia se aproximando,
Género: 
 

6 poemas

Silêncio
A cor do silêncio
A boca do silêncio
Sim, o silêncio tem uma boca
Uma boca que fala para dentro
Que fabrica palavras em forma de desenhos

Género: 
 

Temporal de espera longa

Faz mau tempo...

Há dilúvios, intempéries, vendavais

no irromper da madrugada sempre nova

em que há resquícios de outros temporais.

 

Género: 
 

Asa às costas

Largar tudo.

Largar-me tudo.

Largar-me de tudo.

 

Reflectindo, talvez ingresse

[Conhecida de ninguém]

Numa evasão de mim

Como não acontece.

Género: 
 

Ode à imaginação (ir-)repetível de existirmos, crianças em pessoas

Por mais que a hora seja calma,
que se fartem de correr as crianças
no desmorrer de tudo o que é breve
(e surge!),
não haverá incompletude

Género: 
 

As asas de Ícaro derreteram o Sol

As asas de Ícaro derreteram o Sol

que pingou fogo em cima delas

e as derreteu.

 

O sangue turva-lhe os olhos e as asas vermelho-vivo flagelam o ar,

Género: 
 

Dúvida originária

Revivo uma tristeza nova que nunca foi de agora ou de outro tempo

como se doirasse com uma presença já vaidosa de ter crescido,

recuperado (d)a infância que nunca foi.

 

Género: 
poesia, sentido, sentimento, vida, dias
 

paralelo

sol e chuva, despedida, espera, gota, água, chapéu, cereja

Despido está o diospireiro

Nuas as folhas coloridas e esguias

 

Na figueira esquecida

um pássaro repousa

enquanto a erva verde cresce silenciosa.

 

Género: 
 

O que as mulheres sentem

 

Quando um homem deseja uma mulher,

Género: 
Top