Já não sei quem eu sou,
Muito menos o que é a vida.
Não entendo a minha existência,
Desconheço a tranquilidade,
Nunca vi a esperança
E nunca toquei a paciência.
~~Na altura dos meus 4 anos de idade havia muita pobreza. Parece que havia locais onde davam sopa aos pobres e estes tinham de levar uma colher para ir comer a sopa.
Não olho mais as horas; o tempo é vão.
As memórias, feridas que reabro e reconto,
Números com que justifico o que o cérebro
Já sabe de cor, mas o coração não.
enche-me a ira de palavras vis que contam os teus actos
são retratos meus que caem das paredes ocas erguidas
em tempos que a atrocidade fluía como água levando
Noite fria, calma e sem lua
Noite escura que me ilumina nesta rua.
Vagueio sem destino
Talvez com a cabeça na lua.
Meus pensamentos vão e vêm como que sem tino.