Quando eu tinha uns dez anos de idade, minha madrinha me deu um diário com um cadeado e me disse assim: Neste diário quero que tu escrevas to
" Quando irás regressar ao mar, bela criatura dos meus sonhos. Vagueias na minha mente há muito consumida pelo ódio. Fecho os olhos e vejo-te a ti
Mais um outono de sonhos se desfaz,
como pétalas pairando no ar.
O dia amanheceu
e eu nem sequer notei.
Passei a noite a divagar
sobre os sonhos meus.
Deixar-te-ei a divagar pelas nuvens esparsas
Para contemplares o Lux da imortalidade
Só quero deitar-me ao teu lado, umas horas, um momento dado, em segredo, este ardente desejo, imagino-o quente, o nosso beijo.
Que eu possa viver num mundo tão meu que quando meus olhos se fecharem meus cinco sentidos se sintam seguros para se libertarem e unirem-se ao espaço que me rodear.
~~
Sento-me perto da janela, olho para a chuva que caí e faço uma retrospectiva da minha vida, começando pela infância. Essa pela qual eu quero correr.
Quando a tarde cair lentamente e os raios de sol declinarem no horizonte, eu estarei contigo neste instante. Veremos a noite nos cobrir
Não sei se você percebeu,
Amigo cupido,
Cansei de guardar comigo
tantos sonhos antigos.
Eu os mantinha assim guardados,
Enquanto eu durmo,
a minha fábrica de poemas
não para de funcionar.
O ECO MUDO
Mais uma vez anoitece
e como sempre acontece,
lá vem o Entregador de Sonhos,