Geral

 

SOMOS ONDAS

SOMOS ONDAS
O dia abriu-se como uma ostra.
O céu vestiu-se de um azul claro luminoso.
Ali em frente, de braços abertos,
o silêncio da praia nua numa madrugada de paz,

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TORMENTA

TORMENTA
Hoje é dia de tormentas, de vagas e de vendavais.
O mar desafia a coragem dos marinheiros que,
com os olhos postos no alto,

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Dez poemas joe

A bomba - ao contrário do grito - nunca se cala 

..

Dá-me um prato com boa comida

Amigos que fiquem 

Uma casa que abrige bem o meu cansaço 

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Oração

hoje
caminho sobre os meus medos

hoje
caminho sobre as minhas dúvidas
e vou na direcção da luz

deixo o passado lá atrás
e atravesso a tempestade presente

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O Espírito

dança à chuva
das lágrimas que jamais
vais poder suster.

tira da terra
os nutrientes para o teu
eu interior.

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Passeio do poeta

vou nostálgico
por entre nuvens de abetos

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HISTORIAS

Como contar-te
nos segundos de um orgasmo
a vida que eu sou, neste corpo em que habito?
Como dizer-te
que não irei esquecer o teu roçar no meu corpo,

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CONCAVO

Pedes tempo,

pedes silêncio para aquietar as mágoas

pedes o tempo que o teu tempo tem de ter

para esquecer as noites quentes de verão.

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RESPIRAR

Quantos poemas tem a vida?
Quantas histórias nela cabem sem se magoarem
e quantas dores amadurecem sem doer?
Por favor, aproxima-te,
chega-te à luz do candeeiro

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RECOMEÇO

Hoje abri as mãos
para podermos fugir.
Rasguei o sorriso nos lábios
ganhando a luz que perdi.
Vesti a ternura arrumada
afugentando as malvadas

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VELATURAS

Pintaste-me o corpo
de baixo pra cima de mim
do avesso para o mundo.

Depois regressaste sem pressa
nas duas próximas curvas
escondido em tons carmim.

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INTERIOR

INTERIOR

Somos ilhas flutuantes
neste mar de gente igual
enfrentando temporais.

Buscamos dentro de nós
a verdade assaz diferente
que nos ligue aos demais.

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JANEIRO

JANEIRO

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<3

Agarra a minha mão, é tua.
Feita de seda e continua a pedir-te em cada gesto.
Tudo é indigesto, tanta a fome que emagreço sem ti.
Peço-te o chão, o que te quero dar, a mim.

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O Paraíso

Desenhei-te e mais algumas coisas boas.

Perdi o telemóvel, só com quem estou.

Levo a mochila às costas para onde vou

e as mãos livres para todas as pessoas.

 

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Sempre.

Só há uma coisa,

e ela tem o contrário

e o complementar.

Tudo em si a contemplar!

É derivado do imaginário

que o real em nós poisa.

 

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À conquista.

Como os nossos egrégios Avós,

naveguemos nesse espelho a imaginação.

Porque tudo é mentira e verdade.

Sejamos sempre de nós saudade,

 rumo à realidade a sós,

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Vem-nos a Marte

 

 

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Veneno

a ideia escorre
lentamente

fruto do corte profundo

escorrem também
palavras que escrevo

que outrora escrevi

escorrem e
invadem a noite

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Quero ver o teu eu

eu quero sussurrar miséria
no lóbulo interior do teu eu

eu quero fazer crepitar o fogo
e voar para fora das amarras que me detêm

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Imaginação

sinto frio

frio dos teus dedos
que percorrem o meu ser

calor

suspiro

esmagas-me o corpo
como folha entre as páginas de um livro

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Chuva

abro a janela
e sinto o ar húmido

sinto o beijo
frio
na minha pele

volto a ser criança

sinto-a escorrer pela minha face

encharco-me

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Silêncio

Percebi que era no silêncio dos seus lábios 

que lia os mais belos e dolorosos poemas.

Enquanto uma lágrima cai

ao som do silêncio,

sinto a revolta das palavras

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Pros[esia]

 

1.

para-ler-debaixo-para-cima

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Vidas deste ou daquele

Perdi a visão.

Fiquei só no meu sentir,

Sócio unipessoal da minha percepção.

Olhos que não vêem nem sabem o que perdem.

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IV

- Gente que se acha gente
Gente não é
Entre corpos e mentes
Almas pouco crentes
Encontra-se muita gente
Que gente, o é.

 

Láu Oliveira

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Poesia

De tudo se faz a poesia

Desde a lata mais velha à mais bela fantasia

De tudo é feito o poema

Desde o trapo mais velho ao mais belo teorema

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A Preguiça

As paredes frias, amareladas; sujas, rabiscadas e decoradas.

Cansadas de tantas resmungadas; saudades em retratos e papéis ilustrados,

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Os Passos

Passos são estalos, compassos quebradiços;

Arrítmicas sucessões de pequenos avanços.

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Vladimir

Passam transeuntes e turistas varridos;

Passa a brisa e o olhar dos mendigos.

Passam cavalos e seu ar de martírio

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