SOMOS ONDAS
O dia abriu-se como uma ostra.
O céu vestiu-se de um azul claro luminoso.
Ali em frente, de braços abertos,
o silêncio da praia nua numa madrugada de paz,
Quantos poemas tem a vida?
Quantas histórias nela cabem sem se magoarem
e quantas dores amadurecem sem doer?
Por favor, aproxima-te,
chega-te à luz do candeeiro
Agarra a minha mão, é tua.
Feita de seda e continua a pedir-te em cada gesto.
Tudo é indigesto, tanta a fome que emagreço sem ti.
Peço-te o chão, o que te quero dar, a mim.