Português
Abandonaste-me...o amor abandonou-me, já não mora aqui, nem a saudade do teu abraço, forte e quente. Nada.
Sobrou migalhas, pequenos pedaços despedaçados, que esvoaçam com o vento. Não sobrou nada. Nem ódio, nem revolta. Vazio. Nem uma ínfima réstia de esperança.
Tenho-me para consolar.
Tenho-me para recompôr.
Corto-me nos estilhaços por aí, espalhados e em ferida aberta, vou recolhê-los, colá-los e voltar a viver. A vida não desiste de mim e eu não posso desiludi-la. Cá estou, inteira, de novo, com as rachas ainda à vista. Cá estou, inteira, à espera das surpresas que a vida me reserva. Aqui me tens, vida, agarrei nos meus cacos, levantei-me e ainda respiro...e agora, provoca-me com novas aventuras.
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