Nenhuma maldade é inocente, mas sim fria, cuido eu,
oculta num falsa bondade, clemência prevertida,
jura verdade sobre a mentira encarando de frente o céu,
plantando fingida misericórdia a quem já pouco tem da vida.
De mão gelada envolve a vida numa mortalha e geme
como alguém inocente, de peito brando e puro,
de malvadeza sibilante que não teme
e como quem sabe que demora o castigo duro.
Como noite amarga, destrói a paz, traz a ruína,
como serpente que rodeia a árvore, aperta e tortura,
parecendo mais forte do que a lei divina.
Golpeia o próximo, profanando o segundo mandamento,
transformando a linhagem de Abraão em raça impura
e o Mundo que Deus criou para ser belo, num tormento!
Fernanda R. Mesquita
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