Todo tu. Todas as letras do teu nome, do teu apelido, da tua caligrafia inquieta. Todo o mel que te escorre dos olhos, toda a displicência dos teus lábios, toda a tua postura, todo tu.
Guardo do paraíso as piores recordações
encantado por falsas verdades e idílicos desejos
entreguei a minha essência em troca do pecado
Pecado, esse, que sempre esteve ausente
Nos seus olhos observo o reflexo dos meus sonhos, esqueço os pesadelos e apaixono-me pela vida. Uma sensualidade em câmara lenta, faz com que o tempo deixe de existir.
Lanço cordas para o infinito, levo a Primavera no bolso e num mergulho desesperado procuro o sentimento ausente de um labirinto perdido. Exausto, sinto-me a desfalecer.
Foi o primeiro, o mais puro amor de todos. No comboio, ela sorria e ele seguia-a no seu cavalo preto, porém, nunca a conseguiu alcançar, nem mesmo quando o carrossel parou.
Lutei demais por algo que na verdade não desejava, ofereci asas de ferro a quem dizia amar e esperei que voasse comigo em direcção ao paraíso flutuante que habitava na minha imaginação.
Fecha-se a porta, abre-se uma janela. Mentira, fecho a porta e nada acontece, a porta mantém-se fechada. A casa que habito nem janelas tem e fica situada bem no centro da cidade imaginária.
Parei o coração de quem mais me amava.
Enclausurado numa prisão a céu aberto
apanho boleia do vento e de asas quebradas
sou guiado pelo titereiro do destino.
Chamei a mim o silêncio e prontamente ele me embalou nos seus braços, deixando que a minha mente divagasse e esquecendo por tempo indefinido todos os ruídos do dia-a-dia, todas as rotinas saturante
Amor. Se calhar é demasiado importante e merece um pronome atrás. Assim: O amor. Ou não? Usa tão poucas letras do abc. É tão pequena a palavra. Mas o significado é tão grande.