As tuas mãos com cheiro branco-pérola A brisa do teu ser Sopra Espera-me
E espero-te
A tua mão invisível toca-me contorna-me
Algures perdida no deserto da dor,
Por dentro da carne rasgada de lágrimas,
Esconde-se o grito mais puro de mim,
Ardendo em silêncio nas garras do céu.
Espasmo
Esboço
Bebo do colorido apertado e fluido sol brilhante.
Observo o florido nao ha ruido e a luz é constante.
Tudo faz sentido é ouvido nao é distante.
Um transpirar
É um desconhecer das Ruas
Não me provoquem
Com um torpor de mãos vazias
Nos recantos dos precipícios
A Lua é o centro e eu o espaço.
A retalhação da gravidade desconhecendo o amor que arde.
A Lua é o centro e nós o espaço.
É quando é de noite que as ruas se tornam minhas
Quando não há destino nem saudade
Avanço e recebo
Escutando os passos hesitantes na terra molhada
Se compreendesses as roturas por onde sai a luz,
Saberias que há várias formas de encruzilhar sílabas,
E hoje um estranho decidiria o meu destino.
Transfiguro as perspectivas da minha pele
Enquanto o centro arde
de boca aberta ao vento
Mudei de personagem
As estrelas deixam-nos cegos
Espanta-me a estranheza
Em toques no meu corpo
E em volúveis ondas na minha espinha
Um fim, louco e longe
De olhos fechados
Incongruente transferência de ventos
que me ardem
em cima de cidades devoradas pelo alcatrão
onde só me encontro eu, no meu mais fraterno embalo
Oh, querida azeitona Presa a essa oliveira Liberta-te das amarras E senta-te à minha beira.
Foi tudo tão estranho! Mas consegui encontrar as palavras certas, escrevia. Continuava, e, entre linhas conseguia ouvir o som dos pássaros à minha volta.
Além do discreto
ver para alem do discreto
salto numa outra dimensão
que é o submundo do incontável
uma diversão que me prometo
A visão do infiel
Crítico os outros sou agente de descriminação
Sou por vezes tão cruel, onde anda meu coração?
Difícil é eu jogar com o que sinto
glória o vento- pensamento de topo.
Não quero esse quadrado- piscina: nadando em teu pensamento abstracto... fecha a janela!