Português
Oh, querida azeitona
Presa a essa oliveira
Liberta-te das amarras
E senta-te à minha beira.
O teu duro caroço
De muitos desconhecido
Suporta o belo néctar
Por todos apetecido.
Movimentas multidões
De ramos a abanar
Tornas-te pesada demais
Para te poder suportar.
Cais, então, desamparada
Nesse solo tão molhado
Empurrada pelo vento
Que sopra desenfreado.
Só, triste e cansada
Haja, assim, quem te deite
No âmago de um lagar
Para que dês azeite.
Assim dás a tua vida
Sem nada vir à tona
Obrigado por tudo
Oh, querida azeitona.
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