noite
um sonho
outra cidade
luzes mecânicas
procurei-te por entre os escombros da cidadela
mortes apocalípticas
medo
MÃOS MINHAS, MINHAS MÃOS
Tens as mãos tão leves
tão inquietas.
Deixo-me ir
desafogada de qualquer leito.
Finjo não sentir
este arrepio
BEIJO PROMETIDO
Mordo os lábios.
Cravo o teu sabor,
separo o trevo do joio
e és pedaço azul,
papel amachucado.
Mordo os lábios
na certeza
SAPATOS LEVES
Volto a casa
com o cheiro do teu sorriso
impregnado
na medula dos meus sentidos.
Respiro...
cansada,
extasiada.
DEDOS AUDAZES Hoje apetecem-me os teus dedos corroídos pelo medo, interesseiros, grosseiros, minuciosos, audazes capazes. Hoje
LEVA-ME A PARIS, MEU AMOR Leva-me a Paris, meu amor. engana-me... desse jeito leve e aluado. Engana-me... com as palavras certas, indecisas,
Letra A
Lá fora tudo se aumenta
As gotas que do céu desmaiam
Com indiferença à tormenta
Escrevem mares que se espraiam
VONTADES Apeteces-me de quando em vez de sorriso aberto, caminhar torpedo e indeciso. Apeteces-me nesta tarde solarenga Apeteces-me (agora)
METADES Sem ti sou morna metade normal... Deixa-me queimar, delirar, estrebuchar perder o juízo endoidecer…
JAZZ AQUI Ofereço-me em pautas, em notas, em melodias, (Não me lês) Improvisas!
AGORA Não quero café quero que me bebas em pura cafeína.
QUE ME POSSUAS, LEVEMENTE Era lá que te que mais cedo ou mais tarde te encontrava a olhar para mim, encostado ao teu corpo, habitado pelo meu.
DESLIZES Quero dizer-te coisas ao ouvido coisas sem sentido. Pegar-te na mão, cheirar-te o cabelo, desenhar-te em mim. Sem planos
BEIJO PROMETIDO Mordo os lábios. Cravo o teu sabor, separo o trevo do joio e és pedaço azul, papel amachucado. Mordo os lábios na certeza
PÕE-ME NUA, TUA Despe-me o ego altivo, crescido. Despe-me o sentido... Despe-me contigo! Despe-me gota a gota num trago só. Despe-me,
CHUVA CRESCIDA Dizes, sem receio: choverá pelos teus dias... Em certeza te digo, sem receio: Tenho o arco-íris e o meu sorriso. Que chova...
SAPATOS LEVES Volto a casa com o cheiro do teu sorriso impregnado na medula dos meus sentidos. Respiro... cansada, extasiada.
Estou do lado, dos que sempre acabam perdendo. Insatisfeito, eu me arrependo, E mesmo sem nada adiantar, Prefiro assim escrever o meu tormento,
deuses brincam envoltos em linho branco
o carrocel gira vertiginosamente no eterno mundo humano
e gira até ao zero ao infinito
Aprende com o silêncio
A aceitar alguns factos
Que tu provocaste
A ser Humilde
Deixando o orgulho
Gritar lá fora.
A reparar nas coisas
Digo que não vou mais chorar
Mas choro
Choro
Pelas saudades que não consigo matar
Quando o meu limite de dor extravasa
E a capacidade de suportar
e em cada pincelada imbuída de sentimento
o pincel revolta-se
revolta-se
contra a caligrafia perfeita sobre o papel machê
absinto
licor do entorpecimento que tolda a mente
anestesia barata para os males do mundo
e... que te faz soltar palavras feias
reparei agora onde vivo
partes de mim, separadas, povoam cadernos
desenhos do meu intelecto vivem entre linhas intemporais
poros transpiração
as veias latem as artérias latem
o senhor dos sonhos comanda
nulidade
sinto a sua presença
rejeição
acordo noite, gritos, luzes
tambores outonais
levanto-me sabor a mel, hidromel?
sinto-me sujo penas, sangue
Voltou ao lugar da infância. Demorou a aproximar-se. Apreensivamente abriu os portões da quinta, e da memória.
Quem diz que não estou a tentar??? Estou a tentar ser o melhor que consigo, estou a fazer o melhor que consigo….mas depois, vens TU, e Tu e tu e tu e muitos outros.
Sigo o meu caminho, seja ele qual for. Fazendo escolhas certas ou erradas, mas o meu caminho vai se sempre prolongando. E eu sigo.