Por ti,
reinvento,
todas as coisas.
Das bocas das mulheres-de-dor,
saíam gritos com asas às portas da barra.
Nunca mais barco foi visto,
ou homens.
A solidão é sempre menos sentida quando a luz do anúncio de néon do prédio em frente se acende e entra através da persiana semi-aberta, da cortina fina quase transparente, acomodando-se na sala, no
Querer.
Não saber querer.
Gostar de querer.
Não saber como se quer.
Cansado de nada fazer. Cansado de ser nada. Cansado das coisas todas. Das boas e das más. Cansado dos medos. Os motivos são vários. Tantos.
Imortalizo-te,
transformo em pincéis,
as pontas dos meus dedos,
e com eles coordeno as tintas do desejo
Transformei-te em tela
Escuto e observo em silêncio as ondas que se quebram mil vezes
É admirável
a paciência infinita do rochedo
Voltou ao lugar da infância. Demorou a aproximar-se. Apreensivamente abriu os portões da quinta, e da memória.