Pediram-me para pensar no que me fazia feliz e eu imaginei-te a sorrir. A olhares pela janela, de manhã, e a dares os bons dias ao mundo. Como se o céu te pertencesse.
Às vezes a vida parecia difícil. A agitação dos dias impedia a calma e o sossego. Custava a respirar e nem sabíamos o que tirava verdadeiramente o ar dos pulmões.
Nunca gostei de despedidas e nem sei bem o que elas significam. Já me aconteceram algumas. Que doeram e que deixaram saudades. Como aquelas que irei sentir por ti. Também vão doer.
Lembro-me de estar na tua cama a desejar que o toque dos teus dedos sobre a minha pele me fizessem arrepiar. Não sei que tipo de arrepio senti. Mas senti. Alguma coisa senti. Com certeza.
Quando é que chegas? Já viste as horas que são? Despacha-te lá. Despacha lá essas miúdas ocas e o brilho cegante dos olhos quando olham para ti. Diz-lhes que são bonitas. Sim. Porque são.