Já não sei quem eu sou,
Muito menos o que é a vida.
Não entendo a minha existência,
Desconheço a tranquilidade,
Nunca vi a esperança
E nunca toquei a paciência.
Despida avanço em direção ao penhasco e lanço-me no vazio enquanto o ar se desvia para eu passar até pousar no teu colo e juntos entramos no teu santuário onde pregas o pecado.
Esperei uma eternidade por aquele estranho como quem espera pelo fim de semana e quando finalmente chegou os relógios acordaram para o levarem junto com o tempo.
Percorreu o mundo numa fome incessante, saltou de cama em cama, conheceu Freya e derreteu-se com o canto de uma sereia, confundiu casas de alterne com oásis e viu-se perdido num deserto sem fim.