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Hoje carrego o mundo nos ombros
Cansa o andar, o falar, até o olhar
Pesa a dor no peito e custa respirar
Não alcanço a paz, nem amorteço a dor
Hoje carrego o mundo nos ombros
As lágrimas reprimem-se acentuando a dor
O corpo move-se sem contrariedade
Busco o silêncio e a solidão
Hoje carrego o mundo nos ombros
Dou a paz e o espaço reclamado
Cerro os olhos, guardo as memórias
Amanhã partirei sem olhar para trás
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