Livro objecto.
2015.
Artelogy.
Pequenas partículas coabitam em mim,
Pedaços de amor, angústia, solidão e dor.
Tudo resumido a uma faca de dois gumes, apunhalando sem fim...
Existem gotas
Que permanecem em mim,
Umas amargas e intragáveis
Que me recordam o fim,
Outras doces e intocáveis
Que me julgam assim...
Aparências...
Pudesse eu ao menos com elas terminar,
Sem deixar de com elas me preocupar
É esquisito este mundo em meu redor
Espelho reflector,
Que reflectes a minha imagem,
Absorves todo o seu ardor
Transformando-o em constante miragem
Quebrando o suspiro do horror,
Chamei-me de inocente,
Com medo de errar
Temi ser paciente,
E em meu mundo me enclausurar,
Definir-me-ia de demente
Na minha diferença de sonhar.
Uma lágrima de mim,
É mais que uma prova de vida
É um pranto sem fim
O renascer de uma ferida,
Que me transforma assim
Numa gota esquecida.
Á noite eu choro,
De dia sou desprezada
Já não sei quem sou
Só sei que de mim, ninguém gostava.
Não sei onde quero ir, nem para onde vou
Manhã trovejante...
Em ti deposito todos os medos,
Em ti ouço o choro constante.
A mágoa aumenta...
Sinto a dor enclausurada
Como que uma infelicidade lenta
Permaneço instável...
Tudo se tranforma, tudo muda
Nem um gesto afável...
Menina...
Não me ouves quando te chamo,
Não ouves o mar que te alenta,