Hoje o Senhor Silva fuma as nuvens
Com o cachimbo pensativo
De poemas anteriores
Pois tal como já referido
A noite para o Senhor Silva
É uma enorme insónia.
De tudo ficou um pouco.
As rosas brancas enforcadas pelo azul que traduz a vossa ausência
O sol que bate mas não entra
A falsa grinalda de falsas vivências
A um passo de distância do imprevisto
Dos dotes e surpresas que a vida traz.
Porque basta apenas um passo,
Para sair do conforto que visto,
E explorar o mundo,
Deixo-me levar nas correntes do sonho
Conduzindo-me ao inimaginável.
Aos quês e porquês da minh’alma.
Desprendendo-me do que me acorrenta,
Do consciente que não mente.
Outro começo e a mesma continuidade.
Outra vida e a mesma saudade.
A mesma esperança,
A mesma memória que dança,
Para animar a outra existência que permanece,