Procurei-te no silêncio que tão intensamente a minha voz carregava consigo
Procurei-te por entre o meio dessa vastidão, tentei fazer de ti o meu abrigo
Das mãos que se unem, o calor dum abraço
Deste laço que aperto e que já não desuno
Dos passos que invadem o meu espaço
Da tua pele, da qual sei todo e qualquer traço
quero saber-te de mim, no meio do reino do assim, o reino onde a lógica é ilógica, onde o silogismo não tem premissa. quero aliviar a minha dor apaziguar o meu coração.
Nas promessas de vida breve encanto e encontro. quero fugir de mim e do pesadelo. lá está, já fui, já era, tu, magnifica catedral de luzes sem fim, brilhas tanto que dói olhar.
és tão belo que apetece pintar-te, esculpir-te na mais macia das rochas, imortalizar-te. mas não sei fazer isso, apenas sei tecer palavras, apenas sei tecer encantos de vida em forma de assim.