Senta-te aqui, em silêncio, e espera que o tempo passe. Não mexas um dedo e a dor irá embora. Ali, ao virar da esquina, está tudo aquilo de que precisas, mas agora só por um momento, para.
A água parece tão calma. Sentada na relva, em frente ao rio, fecho os olhos e deixo-me embalar pela harmonia que me rodeia. Dentro de mim, o burburinho serena, lentamente.
Nos tempos modernos, conhecer pessoas como tu pode ter efeitos nefastos sobre a saúde, de uma forma generalizada: quantas mais pululam no nosso universo, mais afetados ficamos – e eu conheço umas q
Há precisamente onze anos, propus aprender a Amar-me. Quis muito acreditar que eu, assim como todos aqueles que gravitavam no meu universo, merecia o meu amor, o meu carinho e a minha atenção.
“ (…) Mãe, já sei que estás magoada mas não me vires as costas. Tu não. Estou aqui fechado. Enlouqueço! Sabes bem que não sou culpado de tudo o que me acusam… Não te preocupas comigo?
Sete passos para a esquerda. Doze passos para a direita. Cuidado com o precipício! Pior do que esfolar-me todo é a tareia que levo em casa, quando chegar.
Cumpro o mesmo ritual há quase duas décadas: levanto-me às 6h30m, visto-me cuidadosamente, tomo o pequeno-almoço com a mulher e os filhos e saio para trabalhar.
Gostava de acordar amanhã e respirar fundo, como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Gostava de já não me sentir triste e vazia, incapaz de entender as mais pequenas nuances deste enredo.
Numa manhã de nevoeiro José saiu à rua e viu tudo mais claro do que nunca. Quando acordou nesse dia, vestiu-se ao acaso, mexeu-se mecanicamente, abriu a janela sem ver nada nem ninguém.
Não quero nada. Nada, ouviste bem. Estou farto de tudo que me tens dado. Se isto é tudo, não quero nada. Quero que me deixes em paz, que não me sugues mais a alma e o tutano. Desgraças-me.