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Tenho Dores pregadas em mim que o meu corpo acabará por expelir; mas, enquanto aqui estão brilham e consomem-me de uma maneira que eu nunca conheci. Então, enquanto duram – meses, anos, ou vidas; ou até minutos transcritos em eternidades – aproveito-me de mim mesma. É como sentir duas mãos alheias a rasgar-me a pele, o externo. E de corpo e coração abertos, a céu aberto, sinto e escrevo. E só assim sei escrever. E só assim sei sentir.
Substâncias do desconcerto
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