Nesta curva da idade o acerto das relações jazem na arena da memória,
não mais me agitam os sonhos.
Com o tempo consegui equilibrar as vontades empilhadas e julguei controlar as escolhas.
Mas desmoronaram quando te vi ao longe.
Aproximei-me e inclinei-me sobre o teu mundo. Não tardou e aconteceu.
Aquele momento que os nossos beijos se reconheceram,
e te senti no deleite de nada mais pensar.
Agora fico na medida certa do teu toque que me liga a mim por um fio,
presa na obediência do desejo.
Segue-se a derrota da passividade,
num murmúrio despido de qualquer dúvida.
É o toque da pele que nos compromete.
Inclinas-te sobre a alma do carnal e recuperas-me a memória simples.
A tua vaidade está no meu prazer. O meu prazer é sabê-lo.
Mas como podia um dia dar-me por menos?
Quando me queres na única forma que me deixo ter.
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