Sem título

 

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Português

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Só uma lua cheia de nada
Um caminho estreito
Em cada estrada
E eu sou viva
Sem que faça falta
Livre de amar
Sem esperar
Ter o que não dou
Dar o que não recebi

Só uma lua cheia de nada
Um caminho estreito
Em cada estrada
E eu sou viva
Sem que faça falta
Livre de morrer
Sem me despedir
De quem quiser vir
Para o meu lugar

Só uma lua cheia de nada
Um caminho estreito
Em cada estrada
E eu sou viva
Sem que faça falta
Livre de amar
Sem esperar
Ter o que não dou
Dar o que não recebi

OPHELIA

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Pensar e sentir este poema

Pensar e sentir este poema equivale a pensar e sentir esta ideia da filósofa Zambrano:

«Toda a vitória humana há-de ser reconciliação, reencontro de uma amizade perdida, reafirmação depois de um desastre em que o homem foi a vítima; vitória em que não poderia existir humilhação do contrário, porque já não seria vitória, isto é, glória para o homem.»

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