Português
Quando me ouço em voz baixa - baixinha,
naquele teu vento que me traz presa a um murmúrio,
sei-me concha no caminho do pensamento
à espera de um mar num eco de areia.
Quando há nevoeiro nos sonhos,
cumpro vagarosamente o meu papel
de candeia acesa no limiar de uma nuvem do avesso,
neste compasso de chuva onde me resguardo.
Quando não há vozes nem sonhos,
faço um ninho nas pálpebras
e renasço na falange de um dia inquebrável.
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