E quem sou eu, comigo mesma?
Sem espelho...
Quem sou eu?
Em retrospectiva vemo-nos em versões opostas,
de nós mesmos... Irreais...
E quem sou eu, esta que não vejo?
Quem veste a máscara de um corpo que é meu?
E no que não vejo...
Quem sou eu?
Sem o espelho dos teus olhos, que me enchia de luz,
Sem os olhos de minha mãe, que me tornavam indestrutível,
Sem os olhos de meu pai, em que nada quebrava a beleza do ser que era eu?...
Ou dos que me olham, qual muralha, de pedra e de cal...
Quem sou eu, na escuridão?
Felizes os cegos que se conhecem na ausência de luz...
Pois eu ceguei, e não sei de mim!...
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