Português
Nasci na Serra, filho da Estrela
Do granito; de xisto não tenho nada…
Tendo, nos olhos, a cor, a Mãe mais bela
Nesta minha Alma de silêncios gerada
Ao poema dediquei o grito da boca fechada
Em nome da voz que na garganta morre
Pois que em tanta razão, a mais certa fica calada
Gritando bem alto, do peito, a lágrima que escorre
No ventre das encostas, esculpi pergaminhos,
Entre giestas mansas e doces rosmaninhos
Sem acordar o Génio que ali dorme…
Ali, perto do Céu, fiz saudade
Ficando em mim outra vontade
Qual se levante, um dia, enorme…
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