"Perto do Céu"

 

"Perto do Céu"

Português

 

Nasci na Serra, filho da Estrela

Do granito; de xisto não tenho nada…

Tendo, nos olhos, a cor, a Mãe mais bela

Nesta minha Alma de silêncios gerada

 

Ao poema dediquei o grito da boca fechada

 Em nome da voz que na garganta morre

Pois que em tanta razão, a mais certa fica calada

Gritando bem alto, do peito, a lágrima que escorre

 

No ventre das encostas, esculpi pergaminhos,

Entre giestas mansas e doces rosmaninhos

Sem acordar o Génio que ali dorme…

 

Ali, perto do Céu, fiz saudade

Ficando em mim outra vontade

Qual se levante, um dia, enorme…

 

 

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