Português
Quando dobram os sinos cortantes a passo e hora
Toda a gente os ouve num simples cantar
Ninguém percebe que a sua angústia chora
Por em vão ser o vinco que deixa o tempo passar!
Os cabelos cedem à prata que outrora preta
Sentiam o vento quente por eles silvar.
Vai seguindo o entardecer, morre a violeta
A noite nasce em dia, sucumbe o frio luar.
E ao ver que não há justa luta contra o tempo,
Torno o nascer novo um novo tormento
E sinto o meu silêncio crescer em grito!
Cada passada definha do que já foi dança
E cada amanhecer triste murcha a esperança
Que um dia podesse sussurrar ao infinito!
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