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A MINHA FLAUTA
Tomei a flauta para tocar a vida.
Desci do berço e fiz-me ao jardim...
Tirei das flores pétalas sem fim,
Que espalhei sobre a rota escolhida
Soprei na flauta!... Estava partida!
E cada nota soprava a clarim!...
E as pétalas desfolhavam ante mim,
A cada nota da gaita fugida!...
Assim cheguei ao "si" da minha pauta,
deixando fífias para traz chorando,
E muito sebo na racha da flauta.
Se a vida é musica pobre e lauta!...
Eu fui mais rico de notas faltando,
Do que de notas certas na ribalta!...
VICTOR CA (Campos Almeida )
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