Português
Trago um afecto na palma da mão. Não pesa, não fala. Apenas existe. E a sua simplicidade como que invade, num caos sereno que tolda a calma, a alma. Sou mão fechada que resiste a uma força que vem de fora e me sonha por dentro. Que me corre nas veias, quebra-me os ossos, rasga-me a pele, tomba-me o corpo; por fim cai a máscara num sopro que dói. Silêncio, espanto...! Ferve-me o sangue numa ebulição latente, quente. A mão está agora vazia, trémula, mas não sozinha nem perdida... Respira agora por dentro do peito toda a magia outrora nela contida.
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