E esse inferno de cimento,
Esse inferno cinzento
Flutuando teluricamente
E se mostrando sem vida,
Mas impávido para o presente?
Mais um Labirinto sem saída
Ceifando a própria mãe que já não sente,
Alimentando-se do verde em tormenta,
A traição que ninguém comenta.
Mas o que é certo permanece.
E o que se vê é uma terra ferida,
Completamente entorpecida.
Ter de ser humano já me entristece...
São as cortinas de ferro
Roubando da terra decerto,
A fonte da prosperidade
E a veracidade do que é belo.
Onde, nesse inferno incerto,
Haverá alguma sanidade?
Me pergunto e me cerco!
Me calo com a própria maldade
E me perco.
Esse chumbo nas veias,
Cheio de pequenas ideias e grandes aldeias...
Quando iremos acordar?
O pânico da isolação em multidão
Será a mais cara promessa
Pelo futuro fim da nação
São apenas linhas imaginadas.
Por otários, mal pensadas,
Separando iguais e irmãos.
E se o resultado já foi visto,
Se o que é divino pagou por isso,
Lutar pelo mesmo vício,
Jamais será trocar o sim pelo não...
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