Ímpeto de um ser

 

Ímpeto de um ser

Português

Meio deitado meio a dormir

Estava quase a adormecer

Pesando no que podia vir

No que podia acontecer.

Fui percebendo pelas brasas,

Sono este não basta,

Quero mais do que asas,

Quero-me deixar envolver.

 

Sentir o sonho, sonhando

É temer a realidade

Por aventuras vou passando

Que sentimento de verdade.

 

Quero mais sonhar deitado

Tudo isto é perfeito,

Posso ficar amuado,

Mas este presente eu aceito.

Noite ruma o teu sentido,

Eu prefiro escolher

És maneira de ser concebido

Não és dádiva qualquer.

 

Não critico o acto de dormir

Pois todo este é necessário

Quem passa o dia a sorrir

Este deve ser parte do seu usuário.

 

Quem sou eu quando me deito,

No desafio que vou entrar

É somente necessário?

Ou é capacidade de criar.

 

Quem o prova o sonho no acto dormir

Vai para além da imaginação

Vai sem espetativas de vir

Vai passeando em vão.

Pois todo este é fictício

Todo este é imaginário

Todo este é propício

A todos os dias do calendário.

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