Meio deitado meio a dormir
Estava quase a adormecer
Pesando no que podia vir
No que podia acontecer.
Fui percebendo pelas brasas,
Sono este não basta,
Quero mais do que asas,
Quero-me deixar envolver.
Sentir o sonho, sonhando
É temer a realidade
Por aventuras vou passando
Que sentimento de verdade.
Quero mais sonhar deitado
Tudo isto é perfeito,
Posso ficar amuado,
Mas este presente eu aceito.
Noite ruma o teu sentido,
Eu prefiro escolher
És maneira de ser concebido
Não és dádiva qualquer.
Não critico o acto de dormir
Pois todo este é necessário
Quem passa o dia a sorrir
Este deve ser parte do seu usuário.
Quem sou eu quando me deito,
No desafio que vou entrar
É somente necessário?
Ou é capacidade de criar.
Quem o prova o sonho no acto dormir
Vai para além da imaginação
Vai sem espetativas de vir
Vai passeando em vão.
Pois todo este é fictício
Todo este é imaginário
Todo este é propício
A todos os dias do calendário.
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