Português
Mais um golo do meu copo meio vazio -
Dormência sagaz do meu desassossego -
Onde afogo a quase vida que silencio,
Onde turvos ficam o pânico e o medo.
Suculenta existência paralela que repudio -
A melhor existência, a que amo e que renego -
Mais um golo do meu copo meio vazio,
Que apaga o amargo, mas deixa o azedo.
E a cada espessa gota, o sangue se torna ar…
A cada lento golo, nasce um triste soluçar
De tamanhas incertezas, falsa guarida.
E acordo melhor, mas de novo tropeço!
E é sempre vã a esperança do recomeço:
Um ébrio refúgio de felicidade fingida!
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