"Trazias a alvura matinal
nos olhos
e nas mãos, com que tecias,
de linho e de espuma, enxovais,
estendidos em perfeitos areais,
bordados a pérolas e corais.
Já não sei quem eu sou,
Muito menos o que é a vida.
Não entendo a minha existência,
Desconheço a tranquilidade,
Nunca vi a esperança
E nunca toquei a paciência.
~~É um nó apertado em guilhotina
Que transforma a voz num silêncio fundo
Dum soluço que teima em ficar
Sem razão aparente de sufoco.
É uma dor dilacerante que queima