Mergulho na felicidade imoral Vagueando e tornando-me disperso Sinto-me livre num estado mental Sem notar que me encontro imerso
Recolho-me em público Á vista de todos Sem que alguém veja Escondo-me nos olhos De quem quer que seja Pela simples certeza De que o que me rodeia
Arranco as páginas Porque a minha escrita penosa Interpela o que me cativa De uma forma, quase, perigosa
Pouco te escrevi Estraguei cada possibilidade Já que tudo o que senti Se torna insanidade
Vou lutar, Contra ti, dor obscura Tu que sem falar Me levas á loucura
Rasguei mais uma página Por nao me sentir capaz De ser ou alcançar O que me satisfaz
O escritor é louco De uma insanidade tal Que faz do mundo rouco O seu invisivel pedestal
Já nao sei de amor
Nem escrever sobre ele
Talvez o calor
Me arrase na pele
Pelo rancor
Que já nao me impele
A viver como romantico
Depois da dor