Submerge a superfície do tempo
Em que tuda muda e nada rege
Ao flutuar nesse rio sem alento
Cobre a terra e lava o coração
Porque senão ela ainda berra
Corre depressa para outro lugar
Peça que morre por viver
E diz assim a alagar
A minha fonte de sofrer
Porque agora essa corrente já a levou
Esplêndido e Majestoso Rio,
Que de noite surges iluminado,
Ecoas no teu manto, o grito calado,
De um ser que, gritar não sabe.
Talvez sejas, por vezes, cruel e frio.