Submerge a superfície do tempo
Em que tuda muda e nada rege
Ao flutuar nesse rio sem alento
Cobre a terra e lava o coração
Porque senão ela ainda berra
Corre depressa para outro lugar
Peça que morre por viver
E diz assim a alagar
A minha fonte de sofrer
Porque agora essa corrente já a levou
Tremo com a virgindade
De uma pétala que toca o ar
Pela primeira vez
Arrasto-me em sinceridade
De uma sorte que insiste em voar
Rasgando a ansiedade
Brota a imaginação para fora
Acabou o tempo de hibernar
Essa sensação que chora
Essa intenção de amar
Aquele renascer do sorriso
No reflexo da luz
Que ainda não brilhou
Veio o sonho que conduz
Ao que o medo afogou
Purifica essa mágoa
Observa o mundo através do olho de um malmequer,
vê a alegria escondida no despertar
de um campo de flores amarelas.
Aquele sol que bem te quer,
Há momentos Gravados em pedra Emoldurados na alma Sagrados como a perda Do medo de sentimentos Dourados como a calma