Meu pranto,minha agonia.

Assim que vi o teu corpo coberto de branco na cama,
Incendiaram-se me as lágrimas de pranto,
em todos os vales que há na terra,
uma gota caiu e se fundiu no consciente do meu ser,
não estavas mais ali ,partiste.
Segurei-te na mão fria que pendia sob o leito macio que te acolhia,
gritei como ondas bravas de um mar enfurecido,
por não achar merecido prematuro destino,
não estavas mais ali,partiste.
As velas da capela baloiçavam com o vento de mil vozes,
entre vultos e sombras o teu rosto miúdo sorria,
e eu,de olhos prostrados, deixei-me levar para um mundo de ficção,
onde nada era verdade,tudo se fingia, tudo era magia.
Ouvi ecos de vozes entoarem os canticos da despedida,
e sobre o leito macio que nos acolhia,
ficou o meu pranto, a minha agonia.
Por:walter Aguiam.